quinta-feira, 18 de junho de 2009

A SERPENTE E O MESTRE

"Conta-se que na Índia, numa era muito distante desta, havia uma serpente muito temida por todos na floresta. Esta serpente mordia e devorava tudo o que via se mechendo.

Certa vez, visitando aquele lugar, ela ouviu os ensinamentos de um mestre sábio. O mestre dizia que ninguém devia ser como a serpente que morde e ataca a todos na floresta.

A serpente, ouvindo aquelas palavras, também quis mudar e logo passou a não mais importunar ninguém com suas mordidas mortíferas.
O que se passou então foi surpreendente para a cobra pois todos começaram a não ver mais nela uma ameaça e passaram a nem sequer notá-la, ela, rastejante na floresta, passou a ser pisoteada e machucada pelas patas dos animais que se movimentavam de um lado para o outro da mata.

O mestre, retornando de sua viagem pelo mesmo caminho, deparou-se com a cobra agonizante:

- "Mestre, eu segui seu conselho e estou toda pisoteada pelos bichos da mata."


O mestre respondeu então:

- "Você não precisa morder, mas às vezes é preciso mostrar os dentes."



Resposta a um blog:


O texto é interessante, pois passei por esta fase, de ser considerada por muitos na adolescência como uma "serpente" porque tinha minhas próprias convicções e minha maneira de viver a vida, que o oposto da maioria das pessoas a qual convivia.
Buscava por meio de movimentos sociais uma sociedade justa, mas minha alma andava inquieta e ninguém me compreendia, alias, sempre tinha alguém para dizer estava fazendo tudo errado, isto me deixar sem forças, pois estas pessoas tinha poder económico e estudo... e eu apenas começando a vida. Penso devo estar errada mesmo, quero mudar.

Encontrei dentro da doutrina espírita muitas respostas a qual procurava e casamento me fez menos contestadora, mas me tornei apática e sem vida, aliás, aprendi a lição.

Fiz muitas coisas que amei durante estes longos anos... aprendi a respeitar as pessoas como elas são, que tenho limites para fazer muitas coisas, mas isto ainda não era o que minha alma desejava. Faltava algo, que não sabia... agora tinha tudo, um casamento "disfarçado" em família, um trabalho a qual ganhava mto bem, estudos, uma religião que me apaziguava o espírito, qdo me sentia que tinha errado.

A "serpente" que havia dentro de mim, estava sendo sufocada para que eu não corresse atrás dos meus ideais, pq isto poderia interferir nos planos de muitas pessoas. Era os meus ideais querendo falar mais alto... mas tinha receio e talvez, medo... medo da paz que estava tendo e que não querida que acabasse.
Terminei meu casamento, mesmo amando, pq não tinha como conviver com situações diferente, questionei os meus chefes, a minha religião, tudo que havia aprendido por meio dos livros.

Pensei, analisie e decidi, o que adianta deixar de lado todos os meus ideais de uma sociedade justa em prol de uma paz mascarada... de uma paz que não existe, apenas aparentemente.

Então, os meus instintos, saíram para buscar a lógicas de tudo, comecei a analisar, que o amor incondicional, aliena e dá asas ao mal, o meu instinto de ser humano estava querendo mudança.

Seria melhor que este lado de "serpente", considerado ruim pessoas, aflorar e deixar as coisas acontecerem de acordo como deveria.

Percebi que a minha alma estava apática porque o meu de lado da "serpente" estava adormecido.

Hoje, continuo espirita, solteira (separada), trabalhando e estudando muito, muito mais agora do que antes, mas tenho a plena consciência que a vida é muito mais que muitos conceitos e dogmas, que devo retirar aquilo que mais me agrade e depois viver conforme o que acredito e que achar mais justo a todos.

Alias, acredito na "miscigenação das religiões", como também das pessoas, das culturas e na busca eterna da alma gémea, acredito no amor, continuo acreditando plenamente no amor.

Agradeço todos os dias a oportunidade de aprender e viver de acordo com aquilo penso, sei que o caminho é difícil, porém gratificante, apesar das dificuldades.


Deixo este trecho de uma música:
MINHA ALMA (A paz que eu não quero) - O Rappa


A minha alma está armada

e apontada para a cara do sossego

pois PAZ sem voz

não é paz é medo (medo)



às vezes eu falo com a vida

às vezes é ela quem diz

qual a paz que eu não quero conservar

para tentar ser feliz

http://eumundo.nireblog.com/post/2008/07/20/a-serpente-e-o-mestre



Complemento do texto da serpente - em 26/06/2009:

POderia dizer, que "serpente" seria a minha alma que estava adormecida e foi acordada com um olhar hipnotizante, que se chama OLHO DE HORUS.

Que conseguiu me libertar da escravidão e me fez enxergar a verdadeira essencia que se chama Cláudia Fanaia Dorst, que um dia chamava Cláudia Cristinne Fanaia de Almeida.

Uma viagem no tempo, que se transformou em algo futurista, que um dia será lembrado, como algo sobrenatural... ou paranormal.

A "serpente" do tempo de Ramsés, que hoje vive em busca da sua outra alma, que se perdeu no tempo... Olho de Horus... que retornou do Égito, em busca da alma perdida... perdida do amor e da sua história.

Quem sabe a "serpente d'alma" que despertou depois de muitos anos, possa entender a angustia, que invadia a alma.

As nossas lutas são existências... portanto nada perceptível ao olho humano, mas ao olho da alma...

A minha "serpente" despertou quando encontrou o Olho de Horus... e a vida se tornou repleta de felicidade, sem medo e em busca dos ideias perdido a muito tempo... sufocada pelo tempo e pela necessidade de sobrevivência.

Um grande abraço,

Nenhum comentário:

Postar um comentário