quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Obama vai propor corte de 17% nas emissões dos EUA - Lula até 36% no Brasil



WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irá a Copenhague para a conferência sobre mudança climática promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 9 de dezembro, na esperança de reforçar o processo internacional, apesar do lento avanço relacionado a um projeto de lei nos EUA para cortar as emissões de carbono.

Durante as negociações os EUA vão prometer cortar suas emissões de gases-estufa em 17 por cento até 2020, em comparação com os níveis de 2005, afirmaram autoridades da Casa Branca -- e fazer os ajustes depois que a lei norte-americana for concluída.


Isso corresponde a um corte de 3 por cento nas emissões norte-americanas em comparação com os níveis de 1990 - muito menos ambicioso do que o proposto por outros países desenvolvidos, incluindo o bloco de 27 nações da União Europeia, que prometeu uma redução de 20 por cento com relação a 1990.

Os EUA também vão se comprometer com um corte de 18 por cento até 2025 e de 32 por cento até 2030 em comparação com os níveis de 1990, afirmaram as autoridades.

Obama está sendo pressionado a comparecer às conversações de Copenhague a fim de mostrar o seu compromisso com um pacto global. Ele planeja visitar a capital dinamarquesa no início das negociações, informou a Casa Branca, antes de receber o Nobel da Paz numa cerimônia em Oslo, na Noruega.
Obama não planeja voltar para o encerramento da conferência, que vai de 7 a 18 de dezembro, e que contará com a presença de outros 65 chefes de Estado e de governo.

"Estamos trabalhando com os dinamarqueses para garantir que sua visita lá... confira força máxima às negociações em andamento", disse Michael Froman, um dos negociadores norte-americanos em Copenhague.


A Casa Branca formulou suas metas de emissão com base em consultas com os congressistas, afirmaram as autoridades.

Obama fez da mudança climática uma prioridade de governo, mas o projeto para cortar as emissões norte-americanas de gases-estufa está empacado no Senado dos Estados Unidos.

A ONU saudou o anúncio de que Obama vai comparecer à conferência.

"É crucial que o presidente Obama compareça à cúpula da mudança climática em Copenhague", disse Yvo de Boer, chefe do Secretariado para Mudança Climática da ONU, numa entrevista coletiva.





http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/mundo_clima_obama_atualiza













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O BRASIL IRÁ DIMINUIR ATÉ 36% A EMISSÃO DE GAZ CARBONO...

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ROMA E COPENHAGUE - Apesar de Estados Unidos e China, os dois maiores poluidores do mundo, terem afastado a possibilidade de fechar em Copenhague um acordo com metas concretas de redução de CO2, o governo brasileiro está convencido de que ainda há chance para obter um pacto mundial. Mais do que um mero acordo político, como querem os países do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), liderados por Barack Obama e Hu Jintao, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem esconder a irritação, disse ontem que não só irá à cúpula climática na Dinamarca, como vê possibilidade de avanços concretos.

" Eu espero que eles consigam avançar para, no mínimo, assumir alguns princípios básicos para que a gente consiga diminuir os gases de efeito estufa "

- Eu estou convencido, e vou a Copenhague, nos dias 16 e 17 (de dezembro). Acertei com o presidente Sarkozy (da França), acertei com o primeiro-ministro Gordon Brown (Reino Unido). Eu espero que eles consigam avançar para, no mínimo, assumir alguns princípios básicos para que a gente consiga diminuir os gases de efeito estufa - afirmou Lula, que participou ontem em Roma da Cúpula Mundial sobre Segurança Alimentar, organizada pela FAO.

O presidente Lula disse que irá telefonar hoje para Barack Obama e Hu Jintao e discutir propostas contra o aquecimento global:

- Todos terão que apresentar números, inclusive o presidente Obama, o presidente Hu Jintao. Todos os outros - disse Lula. - Se eles não apresentarem hoje, vão apresentar amanhã. Se não apresentarem amanhã, vão apresentar no mês que vem. Se não apresentarem no mês que vem, vão apresentar no ano que vem. Mas o dado concreto é que não têm como escapar!

No sábado, após um encontro com o presidente francês Nicolas Sarkozy, em Paris, Lula já tinha dado um claro sinal de que pressentia a aliança entre EUA e China, quando disse que estava "percebendo a tentativa de criação de um G2 com interesses específicos para resolver o problema político e climático dos dois países, sem se importar com a responsabilidade, com o conjunto da Humanidade". Ontem, ele voltou à carga:

- Estamos percebendo há alguns meses que a China joga a culpa nos EUA, os EUA jogam a culpa na China. E a nossa preocupação é de que, na criação de um G2, um possa utilizar o outro como escudo para justificar a não apresentação de números.

Ele se disse decepcionado, mas não surpreso com o anúncio. Lula se mostrou contrariado ao dizer que, para o Brasil, "essa coisa de não apresentar números já estava clara":

- Por que você pensa que o Brasil tomou a iniciativa de apresentar números? É para a gente poder cobrar daqueles que passam o tempo inteiro querendo dar lições ao Brasil (e dizer) que o Brasil fez a sua parte, e que portanto eles têm de fazer a deles.
Acordo formal ficaria para 2010

A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef também lamentou a decisão de EUA e China e exigiu números concretos dos países desenvolvidos. Dilma esteve ontem em Copenhague para participar de uma reunião ministerial de emergência, convocada justamente para tentar salvar a conferência, e acredita que ainda há espaço para negociação:

- Há ainda chance de a conferencia de Copenhague terminar de uma forma positiva, desde que comece a haver um esforço dos países desenvolvidos, no sentido de colocar na mesa metas concretas e números concretos.

Em São Paulo, o ministro do Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido, Hilary Benn, disse que seu país também não desistiu da possibilidade de haver avanços em Copenhague:

- Não podemos desistir. Temos uma escolha fundamental: ou somos pessimistas, o que seria um grande erro, ou somos otimistas. Esse é o espírito. Não é uma boa tática ir a Copenhague sem esperança.

Para o secretário-geral de Mudanças Climáticas da ONU, Yvo de Boer, o mais provável é que um acordo seja alcançado apenas em 2010.


O GLOBO

http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2009/11/25/barack-obama-ira-conferencia-sobre-clima-em-copenhague-914915525.asp

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http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2009/11/16/lula-diz-que-possivel-salvar-acordo-do-clima-em-copenhague-914796225.asp

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