terça-feira, 30 de junho de 2009

ALMA GÊMEA - Francisco Candido Xavier

ALMA GÊMEA



"Alma gêmea da minhalma,
Flor de luz da minha vida,
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão!...


Quando eu errava no mundo,
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.







Vinhas na bênção dos deuses,
Na divina claridade,
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor!...

És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Porque sou tua esperança,
Como és todo o meu amor!

Alma gêmea da minhalma,
Se eu te perder, algum dia,
Serei a escura agonia
Da saudade nos seus véus...


Se um dia me abandonares,
Luz terna dos meus amores,
Hei de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus...

ALMA GÊMEA, O POEMA INESQUECÍVEL, EM DOIS MOMENTOS ESPECIAIS Do livro "Há 2000 Anos" - Emmanuel - CHICO XAVIER

quarta-feira, 24 de junho de 2009

DIZEM QUE FINJO OU MINTO - Fernando Pessoa


Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!



Meu comentário ao site acima citado:



1.
Tudo que escrevo eu sinto... sinto n'alma.
Sinto a dor de uma ilusão.
Sinto a saudade de uma paixão.
Sinto o gosto de um beijo.
Sinto a falta de uma caricia.
Sinto o desejo no meu corpo.
Sinto o fogo se acender.
Sinto o corpo pedir.
Sinto a alma chorar...
Chora a falta de uma paixão.
Paixão ainda presente,
De um amor ainda ausente,
De um gosto amargo de fel,
De um amor não correspondido,
De uma paixão mal resolvida,
De uma ilusão presente na alma e no coração.
Sinto tudo que escrevo, não minto,
pois a alma fala aquilo que sente,
que vive,
que espera,
que sonha,
que sonhaaaa...

Cláudia Fanaia Dorst 10-06-2008 - 14:01:06 GMT -3 #

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A SERPENTE E O MESTRE

"Conta-se que na Índia, numa era muito distante desta, havia uma serpente muito temida por todos na floresta. Esta serpente mordia e devorava tudo o que via se mechendo.

Certa vez, visitando aquele lugar, ela ouviu os ensinamentos de um mestre sábio. O mestre dizia que ninguém devia ser como a serpente que morde e ataca a todos na floresta.

A serpente, ouvindo aquelas palavras, também quis mudar e logo passou a não mais importunar ninguém com suas mordidas mortíferas.
O que se passou então foi surpreendente para a cobra pois todos começaram a não ver mais nela uma ameaça e passaram a nem sequer notá-la, ela, rastejante na floresta, passou a ser pisoteada e machucada pelas patas dos animais que se movimentavam de um lado para o outro da mata.

O mestre, retornando de sua viagem pelo mesmo caminho, deparou-se com a cobra agonizante:

- "Mestre, eu segui seu conselho e estou toda pisoteada pelos bichos da mata."


O mestre respondeu então:

- "Você não precisa morder, mas às vezes é preciso mostrar os dentes."



Resposta a um blog:


O texto é interessante, pois passei por esta fase, de ser considerada por muitos na adolescência como uma "serpente" porque tinha minhas próprias convicções e minha maneira de viver a vida, que o oposto da maioria das pessoas a qual convivia.
Buscava por meio de movimentos sociais uma sociedade justa, mas minha alma andava inquieta e ninguém me compreendia, alias, sempre tinha alguém para dizer estava fazendo tudo errado, isto me deixar sem forças, pois estas pessoas tinha poder económico e estudo... e eu apenas começando a vida. Penso devo estar errada mesmo, quero mudar.

Encontrei dentro da doutrina espírita muitas respostas a qual procurava e casamento me fez menos contestadora, mas me tornei apática e sem vida, aliás, aprendi a lição.

Fiz muitas coisas que amei durante estes longos anos... aprendi a respeitar as pessoas como elas são, que tenho limites para fazer muitas coisas, mas isto ainda não era o que minha alma desejava. Faltava algo, que não sabia... agora tinha tudo, um casamento "disfarçado" em família, um trabalho a qual ganhava mto bem, estudos, uma religião que me apaziguava o espírito, qdo me sentia que tinha errado.

A "serpente" que havia dentro de mim, estava sendo sufocada para que eu não corresse atrás dos meus ideais, pq isto poderia interferir nos planos de muitas pessoas. Era os meus ideais querendo falar mais alto... mas tinha receio e talvez, medo... medo da paz que estava tendo e que não querida que acabasse.
Terminei meu casamento, mesmo amando, pq não tinha como conviver com situações diferente, questionei os meus chefes, a minha religião, tudo que havia aprendido por meio dos livros.

Pensei, analisie e decidi, o que adianta deixar de lado todos os meus ideais de uma sociedade justa em prol de uma paz mascarada... de uma paz que não existe, apenas aparentemente.

Então, os meus instintos, saíram para buscar a lógicas de tudo, comecei a analisar, que o amor incondicional, aliena e dá asas ao mal, o meu instinto de ser humano estava querendo mudança.

Seria melhor que este lado de "serpente", considerado ruim pessoas, aflorar e deixar as coisas acontecerem de acordo como deveria.

Percebi que a minha alma estava apática porque o meu de lado da "serpente" estava adormecido.

Hoje, continuo espirita, solteira (separada), trabalhando e estudando muito, muito mais agora do que antes, mas tenho a plena consciência que a vida é muito mais que muitos conceitos e dogmas, que devo retirar aquilo que mais me agrade e depois viver conforme o que acredito e que achar mais justo a todos.

Alias, acredito na "miscigenação das religiões", como também das pessoas, das culturas e na busca eterna da alma gémea, acredito no amor, continuo acreditando plenamente no amor.

Agradeço todos os dias a oportunidade de aprender e viver de acordo com aquilo penso, sei que o caminho é difícil, porém gratificante, apesar das dificuldades.


Deixo este trecho de uma música:
MINHA ALMA (A paz que eu não quero) - O Rappa


A minha alma está armada

e apontada para a cara do sossego

pois PAZ sem voz

não é paz é medo (medo)



às vezes eu falo com a vida

às vezes é ela quem diz

qual a paz que eu não quero conservar

para tentar ser feliz

http://eumundo.nireblog.com/post/2008/07/20/a-serpente-e-o-mestre



Complemento do texto da serpente - em 26/06/2009:

POderia dizer, que "serpente" seria a minha alma que estava adormecida e foi acordada com um olhar hipnotizante, que se chama OLHO DE HORUS.

Que conseguiu me libertar da escravidão e me fez enxergar a verdadeira essencia que se chama Cláudia Fanaia Dorst, que um dia chamava Cláudia Cristinne Fanaia de Almeida.

Uma viagem no tempo, que se transformou em algo futurista, que um dia será lembrado, como algo sobrenatural... ou paranormal.

A "serpente" do tempo de Ramsés, que hoje vive em busca da sua outra alma, que se perdeu no tempo... Olho de Horus... que retornou do Égito, em busca da alma perdida... perdida do amor e da sua história.

Quem sabe a "serpente d'alma" que despertou depois de muitos anos, possa entender a angustia, que invadia a alma.

As nossas lutas são existências... portanto nada perceptível ao olho humano, mas ao olho da alma...

A minha "serpente" despertou quando encontrou o Olho de Horus... e a vida se tornou repleta de felicidade, sem medo e em busca dos ideias perdido a muito tempo... sufocada pelo tempo e pela necessidade de sobrevivência.

Um grande abraço,

RUI BARBOSA - POEMA VERDADE


MEU CORAÇÃO É BRASILEIRO...
PORTANTO, POSSO ATÉ

ME APAIXONAR
POR OUTROS PAÍSES,
MAS A MINHA RAIZ É
VERDE E AMARELA.




Poema-verdade, de Rui Barbosa



Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o ’eu’ feliz a qualquer custo,
buscando a tal ’felicidade’
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos ’floreios’ para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre ’contestar’,
voltar atráse mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,

da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir

pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades,

de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.

***O grande Rui, inteligência e dignidades de tal magnitude que continuam seus ensinamentos a ser atuais, levando-nos a pensar seriamente em tomarmos as atitudes necessárias como cidadãos deste maravilhoso país e sempre em defesa da Nação. (Foto: internet)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

MINHA VIAGEM A ARGENTINA - Cláudia Fanaia Dorst

Foto: OBELISCO

Quando me convidaram para conhecer a ARGENTINA, o conceito que tinha daquele país era um pre-conceito, cheio de idéias já ultrapassadas passadas de geração a geração.


A idéia era de um povo agressivo e sem cultura. Acreditem, tudo não passava de uma idéia carregada de "erros" totalmente "equivocados" e "sem sentidos". Pois este país é repleto de cultura e conhecimento.

Foto montagem - fotografo argentino.


BUENOS AIRES é uma cidade BELÍSSIMA... um povo cheio de cultura, passando por um processo de adaptação social. E toda transformação, passa por ajustes de opiniões, de idéias, de lutas e principalmente de VIRTUDES. São estas "lutas" que fazem o mundo crescer e todos evoluirem...


Foram dias maravilhosos... meus olhos ficaram deslumbrados por tanta beleza e muita harmonia com o ambiente. O povo, discreto e sensível, pois luta por seus idéias, em busca de uma vida mais justa e digna, como nós, os brasileiros.


Há pontos como o Bairro da Boca, onde as pessoas são mais abertas, pois tem uma maneira diferente de ver a vida, por causa da dificuldade que a vida oferece, mas nada diferente do nosso país. Apenas contexto diferente.


Foto - eu com um dançarino de Tango do Bairro da Boca - Alias no BOCA JR...

Vamos assim dizer... SERES HUMANOS EM LUGARES DIFERENTES E EM SITUAÇÕES DIFERENTES. MAS SERES HUMANOS, COMO TODOS NÓS QUE VIVEMOS NO PLANETA. PORTANTO... SOMOS UM SÓ POVO... O POVO DO PLANETA TERRA, COM SUAS DIVERSIDADES CULTURAIS E SOCIAIS.

AMEI TUDO... AMEI O TANGO PORTEÑO... AMEI A SUA ARTE ... A ARTE DE DANÇAR



Foto abaixo - eu com um dançarino do Teatro de Tango Porteño.


terça-feira, 9 de junho de 2009

ADERINDO AO MANIFESTO AMAZÔNIA PARA SEMPRE




Aderindo ao Manifesto Amazônia para Sempre

Quando a última árvore cair, derrubada;
quando o último rio for envenenado;
quando o último peixe for pescado,
só então nos daremos conta de que
dinheiro é coisa que não se come".




CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA


Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações.


A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.


Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.


Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável.


O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore.


É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais "Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ! É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.

SOMOS UM POVO DA FLORESTA!
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